Quais os tipos de diabetes que existem?
Existem vários tipos, sendo o diabetes tipo 1 e o tipo 2 os mais comuns. No diabetes tipo 1, que é uma doença autoimune (produção de anticorpos contra pâncreas), ocorre uma destruição de todo o órgão, por isso, há necessidade de insulina desde o início do quadro. Já no diabetes tipo 2, normalmente associado ao excesso de peso e ao que chamamos de resistência insulínica (dificuldade de ação da insulina), há uma disfunção do pâncreas, levando-se meses/anos para a falência total da função.
Qual o centro do tratamento do diabetes?
Independente do tipo, a medida mais importante consiste em uma alimentação balanceada e com ingestão controlada de carboidratos (açúcares), além da prática de exercícios físicos regulares. A monitorização e o controle da glicemia capilar (ponta de dedo) auxilia muito o endocrinologista no manejo do tratamento.
E quanto ao tratamento medicamentoso?
Para o tratamento do diabetes tipo 2 temos um arsenal grande de medicações que agem em diferentes locais. Tanto para os pacientes diabéticos tipo 2, cuja função do pâncreas está muito ruim, como para os pacientes com diabetes tipo 1, temos vários tipos de insulinas com diferentes tempos e formas de ação.
Quais os medicamentos orais mais comuns para o diabetes tipo 2?
Metformina, sulfoniureias (glibenclamida, glimepirida, gliclazida), glinidas (repaglinida e nateglinida), glitazonas (pioglitazona), acarbose, inibidores da enzima que degrada GLP-1 (vildagliptina, sitagliptina, linagliptina, saxagliptina), análogos do GLP-1 (liraglutide e lixisenatide) e inibidores seletivos do co-transportador renal de sodio-glicose (dapagliflozina, canagliflozina).
Existe medicação injetável para o diabetes tipo 2 sem ser insulina?
Sim, o Byetta (exenatide),Victoza (liraglutide) e o Lyxumia (lixisenatide).
Quais os tipos de insulinas atualmente disponíveis?
Existem vários tipos:
- as que tem ação ultra-lenta: glargina,detemir e mais recentemente, insulina degludeca
- as que possuem ação lenta: insulina NPH humana
- as que possuem ação rápida: insulina regular humana
- as que possuem ação ultra-rápida: lispro, aspart e glulisina
Qual a importância do controle regular do diabetes?
Quando a glicose no sangue está elevada, ocorre uma série de processos metabólicos que vão “agredindo” todo o organismo. A grande dificuldade é que nesta etapa de “agressão” o paciente tem poucos sintomas, então muitas vezes, ele não se conscientiza sobre a necessidade do controle regular. O grande problema é que com o decorrer dos anos de descontrole, várias partes do organismo vão sendo afetadas, o que chamamos de “complicações crônicas do diabetes”. Pode haver acometimento da vista, levando até a perda total da visão, comprometimento dos rins (podendo levar a insuficiência renal com necessidade de diálise), dos nervos (com sintomas de dor e queimação nas mãos e pés), e eventualmente até necessidade de amputação (no Brasil a maior causa de amputação de causa não traumática é o diabetes).